Newsletter da Secretaria Municipal de Educação de Passo Fundo - RS
Newsletter da Secretaria Municipal de Educação de Passo Fundo - RS
Newsletter SME #29.25 - 12/08/2025
Iniciar um novo semestre letivo é sempre um convite ao recomeço, à reflexão e, principalmente, à busca constante pelo conhecimento. Ser professor é estar em permanente construção — cada ano, cada turma e cada desafio nos exige atualização, preparo e, acima de tudo, compromisso com a aprendizagem das nossas crianças e adolescentes.
Sabendo da importância da formação continuada e da inovação na prática docente, nos dias 31 de julho e 1º de agosto, realizamos a formação "Inovação na Educação: Da Primeira Infância ao Ensino Fundamental", especialmente organizada para atender às demandas pedagógicas de cada etapa e função dos profissionais da rede municipal de ensino.
Durante esses dias, contamos com palestras, oficinas e momentos de troca, que permitiram a retomada de conceitos essenciais que norteiam nosso trabalho. Houve também espaço para a prática, com atividades pensadas para contribuir diretamente com o planejamento pedagógico de cada professor. Além disso, foram abordadas questões fundamentais da educação especial, com orientações que apoiam o educador no atendimento qualificado às nossas crianças e adolescentes.
Nesta edição da newsletter, vamos destacar os principais momentos dessa formação, reconhecer o envolvimento de todos os participantes e agradecer, de forma especial, a cada profissional que esteve presente, contribuindo para o fortalecimento de uma educação pública de qualidade, inovadora e acolhedora.
Seguimos juntos, aprendendo e transformando!
A formação voltada aos coordenadores pedagógicos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental – Anos Iniciais teve como foco o processo de alfabetização, visando fortalecer o papel do coordenador como formador, articulador e líder pedagógico. Conduzida pela Prof.ª Angelita Scottá, a atividade iniciou com dinâmicas de integração e reflexões sobre experiências pessoais de alfabetização, seguidas da leitura da crônica ABC, de Luís Fernando Veríssimo.
Foram apresentados dados sobre os índices de alfabetização e discutidos trechos de uma entrevista com Esther Grossi, provocando reflexões sobre os desafios educacionais.
Os participantes aprofundaram a teoria da Psicogênese da Língua Escrita, analisando sua aplicação prática.
No segundo dia, estudos de caso abordaram questões como antecipação da alfabetização, transições entre etapas, inclusão e resistência a mudanças. As discussões foram embasadas em teorias educacionais, com destaque para as ideias de Heloísa Lück.
A formação encerrou-se com uma sistematização dos aprendizados e uma avaliação coletiva. Angelita Scottá finalizou destacando o papel transformador do coordenador e a importância de práticas pedagógicas sensíveis, reflexivas e baseadas em evidências.
Realizamos a formação continuada do mês de Julho com a temática TECNOLOGIA ASSISTIVA: CAPACITAÇÃO PARA INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE, para professores da Pré escola, Anos iniciais, 1º, 2º e 3º ano, APOIAR, componentes da parte diversificada anos iniciais, EMAU Olga Caetano Dias. A oficina foi muito bem acolhida pelos colegas professores que interagiram durante a fala e demonstraram engajamento nas atividades de mão-na-massa.
A oficina teve por objetivo capacitar professores envolvidos no processo de alfabetização para a utilização de tecnologias assistivas, promovendo a inclusão e acessibilidade de estudantes com deficiência.
No encontro, foi possível compreender conceitos básicos e definições, importância da Tecnologia Assistiva para a inclusão, identificação das necessidades individuais, tipos de Tecnologia Assistiva, implementação e uso de Tecnologias Assistivas, integração das tecnologias no ambiente escolar, estudo de caso, construção de uma tecnologia assistiva analógica.
Durante as formações promovidas pela Secretaria de Educação, um dos temas centrais discutidos com coordenadoras do Ensino Fundamental e da Educação Infantil foi a mediação inclusiva, com foco na compreensão e manejo de comportamentos em contextos educacionais. A pauta foi conduzida pelas profissionais da Amici Desenvolvimento: Paola Moara Batistel, neuropsicopedagoga, e as psicólogas Letícia Almança Ribeiro e Laura Soccol Gomes.
A formação destacou a importância de compreender os princípios da análise do comportamento e de identificar as mudanças comportamentais de forma antecipada. As especialistas enfatizaram que todo comportamento tem uma função — como obter atenção, evitar tarefas ou acessar objetos — e que, ao compreendê-la, é possível intervir de maneira mais eficaz e assertiva.
Foram também apresentadas estratégias práticas de prevenção de crises, como o ajuste de rotinas, o reforço de comportamentos positivos e a intervenção antes da ocorrência do comportamento-problema.
Outro ponto ressaltado foi o papel fundamental dos coordenadores pedagógicos na liderança das equipes escolares, promovendo uma atuação ativa e coerente na aplicação das estratégias discutidas. Essa liderança é essencial para garantir um ambiente educacional mais inclusivo e preparado para lidar com diferentes perfis comportamentais.
O encontro contribuiu significativamente para o fortalecimento da prática pedagógica, estimulando a adoção de abordagens baseadas em evidências, com empatia e intencionalidade.
A proposta é criar espaços mais acolhedores, seguros e funcionais para todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.
No dia 1º de agosto, os professores do Ensino Fundamental II das escolas municipais participaram de um enriquecedor momento formativo, organizado pelas professoras responsáveis pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) das EMEFs da nossa rede.
O encontro teve como foco a abordagem das questões legais que regem a Educação Especial, como a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, e as diretrizes do Ministério da Educação. Foram destacados os direitos garantidos aos estudantes com necessidades educacionais específicas, visando assegurar a acessibilidade, o atendimento educacional especializado e a eliminação de barreiras para a aprendizagem e participação.
Os participantes refletiram sobre a importância dos PEIs para identificar as necessidades específicas de cada estudante, estabelecer metas claras e realistas, e definir estratégias, recursos e adaptações curriculares que favoreçam o desenvolvimento integral dos alunos. O acompanhamento contínuo e a revisão periódica desses planos foram destacados como essenciais para garantir a efetividade das ações educacionais, promovendo uma educação inclusiva, de qualidade e com equidade para todos.
Para além dos aspectos teóricos e legais abordados inicialmente, os professores foram organizados em grupos específicos conforme suas respectivas áreas de conhecimento/atuação.
Essa divisão estratégica teve como objetivo principal promover um ambiente colaborativo, favorecendo a troca rica e significativa de experiências práticas e reflexões críticas sobre os desafios enfrentados no contexto da Educação Especial em sala de aula.
Durante o encontro, foram realizadas dinâmicas práticas, cuidadosamente planejadas, para proporcionar aos participantes a vivência direta de situações reais relacionadas à adaptação curricular. Essas atividades permitiram que os educadores experimentassem na prática diferentes estratégias pedagógicas, buscando atender às múltiplas e variadas demandas dos estudantes com necessidades especiais.
Por meio dessas vivências, os professores puderam exercitar competências essenciais para a construção de um ambiente de aprendizagem verdadeiramente inclusivo, desenvolvendo soluções pedagógicas que respeitam as especificidades individuais de cada aluno.
O foco esteve na promoção de um processo educacional sensível, flexível e eficaz, que valorize a diversidade e assegure o direito de todos os estudantes à participação plena e ao desenvolvimento acadêmico e social.
Além disso, essa abordagem colaborativa fortaleceu o sentimento de pertencimento entre os educadores, incentivando a construção coletiva de saberes e a criação de redes de apoio profissional que podem ser acionadas no dia a dia escolar. Assim, a formação não apenas ampliou o conhecimento teórico e legal, mas também capacitou os professores para uma prática educativa inclusiva, mais consciente e comprometida com a equidade e a diversidade.
Esse momento formativo reafirmou o compromisso coletivo com a educação inclusiva, fortalecendo a parceria entre o Atendimento Educacional Especializado e os professores do Ensino Fundamental II, garantindo assim um ambiente escolar acolhedor e adequado para todos os estudantes.
Durante os dias 31 de julho e 1º de agosto, foi realizada uma formação voltada aos professores que atuam na Educação Infantil Etapa Creche e Professores de 1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental, com foco na Presença escolar. A Formação foi ministrada pela Professora Luciana Medeiros, Coordenadora da Rae Passo Fundo e teve como objetivo melhorar as questões de relacionamento família x escola. A RAE visa fortalecer a educação e a proteção de crianças e adolescentes. A RAE atua em diversos segmentos, como o combate à infrequência escolar, a prevenção de violências e a garantia de direitos, seguindo legislações como a Constituição Federal, o ECA e a LDB.
A formação abordou estratégias para engajar famílias, como comunicação afetiva, envolvimento em atividades práticas e abordagens sensíveis para lidar com ausências. Além disso, destaca a importância da frequência escolar e os encaminhamentos legais em casos de infrequência ou violência, incluindo a Escuta Protegida e a atuação integrada com o Conselho Tutelar e outros órgãos. A RAE promove uma parceria essencial entre escola, família e comunidade, reforçando que a educação é um direito e um dever de todos, fundamental para o desenvolvimento social e emocional das crianças e adolescentes.
Ao chegarem, os professores refletiram sobre as sensações que o novo ambiente despertava.
Logo após, os participantes foram divididos em três grupos para uma "caça aos tesouros" ao redor da escola. A missão era buscar elementos naturais – folhas, galhos, sementes, flores – que seriam utilizados nas próximas atividades. A proposta foi orientada e seguiu uma lista de "tesouros" a serem encontrados, utilizando três modelos diferentes de listas, pensados para atender crianças em distintos níveis de desenvolvimento da escrita. Com os “tesouros” em mãos, os professores participaram da preparação de tintas naturais, aprendendo sobre os processos de extração de pigmentos e a relação dessas práticas com a arte rupestre, uma das primeiras formas de comunicação da humanidade.
No momento final, os participantes puderam experimentar as tintas e usar os materiais coletados para criar suas próprias produções artísticas, vivenciando de forma prática como a arte pode ser um caminho rico para alfabetizar de maneira criativa e sensível.
A oficina também contou com um momento de troca de experiências, onde foram sugeridos materiais pedagógicos, livros, artistas e autores que podem enriquecer o processo de alfabetização através da arte. Dicas de atividades, técnicas simples e recursos acessíveis foram compartilhadas entre os professores, fortalecendo o olhar para uma alfabetização que valoriza a expressão, a cultura e o repertório das crianças.
A oficina "Entre Traços e Letras" foi um convite para repensar espaços, propostas e materiais, colorindo o processo de alfabetização com criatividade, cultura e natureza, e inspirando novas práticas pedagógicas no dia a dia da escola.
A oficina de formação para professores da rede municipal de educação teve o objetivo de familiarizar os educadores com os aspectos teóricos e práticos desenvolvidos nas experiências narrativas do Prisma. Através do aporte impulsionado por autores como Resnik e Santaella, foi possível compartilhar os fundamentos referentes à Espiral da Aprendizagem, conceitos disruptivos, e a formação do leitor contemporâneo.
A parte prática da formação permitiu que os docentes pudessem fazer uso dos recursos do espaço para estruturar uma série de atividades inspiradas em narrativas, possibilitando assim o surgimento de ideias e sugestões de variadas formas de trabalhar com esses aportes em sala de aula.
Nos dias 31 de julho e 1º de agosto, os professores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental (Anos Iniciais) participaram de uma formação especial sobre Aprendizagem Criativa, com foco no processo de alfabetização. A iniciativa, coordenada pelo Professor Rodrigo Gomes Rodrigues da Coordenadoria de Inovações e pela AMADO Maker, teve como objetivo fortalecer a aplicação de conceitos Maker e da Aprendizagem Criativa nas escolas da rede municipal, integrando metodologias inovadoras à prática pedagógica.
Durante os dois dias de formação, foram exploradas as possibilidades da Cultura Maker, as teorias da Aprendizagem Criativa e sua aplicação em sala de aula. Além da fundamentação teórica, os professores vivenciaram momentos práticos, colocando a mão na massa para desenvolver atividades que estimulam a criatividade e a inovação no processo de alfabetização.
A formação foi encerrada com uma rodada de compartilhamento, onde os educadores apresentaram os projetos criados durante as oficinas, trocando experiências e ideias para implementação em suas escolas.
Essa iniciativa reforça o compromisso da rede municipal com uma educação inovadora e significativa, preparando os estudantes para os desafios do futuro com criatividade e protagonismo.
9h: Formação para professores da Educação Infantil (manhã).
9h: Formação para professores do 1º e 2º anos (manhã).
14h: Formação para professores da Educação Infantil (tarde).
14h: Formação para professores do 1º e 2º anos (tarde).
9h: Oficina de formação para professores do 3º, 4º e 5º anos (manhã).
14h: Oficina de formação para professores do 3º, 4º e 5º anos (tarde).
A formação “Uso eficiente dos espaços na Educação Infantil”, conduzida por Samantha Ladeira, teve como foco a qualificação das práticas pedagógicas por meio da organização intencional dos ambientes. Durante o encontro, foi discutida a importância dos espaços de referência, que favorecem a autonomia e a segurança das crianças, promovendo interações significativas e experiências de aprendizagem mais ricas. Também foram abordadas propostas como os cestos dos tesouros, voltados especialmente para os bebês e crianças pequenas, permitindo a exploração sensorial, a curiosidade e o brincar livre com objetos do cotidiano.
Outro ponto relevante foram as bandejas de experimentação, que oferecem experiências organizadas e direcionadas, incentivando a concentração, a investigação e o desenvolvimento da coordenação motora. A formação reforçou a ideia de que um espaço bem pensado é um potente instrumento pedagógico, que comunica, acolhe e educa.
A formação "Desenvolvimento Emocional – 0 a 3 anos", conduzida pela psicóloga clínica Rafaela Matzenbacker e promovida pelo Núcleo da Educação Infantil, trouxe reflexões profundas sobre o papel das experiências emocionais nos primeiros anos de vida. Com base na neurociência do desenvolvimento emocional, a formadora destacou como o vínculo, o afeto e a segurança são fundamentais para o amadurecimento saudável do cérebro infantil.
Foram abordadas as cinco necessidades emocionais básicas da primeira infância, essenciais para a construção da autoestima, da autonomia e da confiança da criança.
A formação também se destacou por relacionar contribuições de diferentes teóricos que dialogam com esse tema: Jeffrey Young, com os esquemas emocionais; Donald Winnicott, com a importância do ambiente suficientemente bom; Erik Erikson, com os estágios do desenvolvimento psicossocial; Vygotsky, com a mediação das interações sociais; e Emmi Pikler, com o respeito ao tempo e à individualidade da criança.
Além das necessidades infantis, a formação também lançou um olhar sensível às necessidades emocionais dos professores, reconhecendo que o acolhimento, o equilíbrio e o bem-estar dos adultos são fundamentais para que possam cuidar, educar e se relacionar com intencionalidade e afeto.
Foi um momento de aprofundamento teórico, reflexão prática e reconhecimento da complexidade e da beleza que envolvem o desenvolvimento emocional nos primeiros anos de vida.
A oficina abordou o uso significativo da tecnologia na educação, explorando como ela pode ser aliada na criação de experiências de aprendizagem encantadoras. O ponto de partida foi a reflexão sobre o impacto das mudanças digitais na rotina escolar e na identidade docente, destacando o papel das diferentes gerações (X, Y, Z e Alpha) no contexto educacional.
Inspirado no conceito de “cativar” do Pequeno Príncipe, o encontro ressaltou a importância de criar laços afetivos no processo de ensino-aprendizagem.
A tecnologia, longe de ser inimiga, foi apresentada como uma ferramenta de aproximação e inovação. Foram discutidos níveis de alfabetização digital, desde o "analfabyte" até o educador criador, com exemplos práticos de ferramentas acessíveis como AutoDraw, Vocaroo, e sites de jogos educativos como ABCya, Escola Games, Racha Cuca, entre outros.
Atividades analógicas também foram valorizadas, como jogos com post-its, mapas e experiências sensoriais, demonstrando a importância do equilíbrio entre o digital e o presencial.
A oficina promoveu ainda a reflexão sobre a organização dos alunos, sugerindo o uso de planners criativos e espaços personalizados de estudo. Finalizou com mensagens inspiradoras sobre o papel do professor como alguém que, mesmo diante dos desafios, continua se reinventando com propósito, sensibilidade e compromisso com o aprender significativo.
A prática antirracista não se limita a datas comemorativas. Ela exige continuidade, formação docente permanente, escuta ativa e abertura para o diálogo com as famílias e comunidades. Exige, sobretudo, um olhar atento para as relações dentro da escola: quem fala? Quem é ouvido? Quem ocupa os espaços de poder? Que histórias são contadas e quais são silenciadas?
Como exemplo de práticas possíveis para abordar a diversidade cultural brasileira, sugeriu-se livros indígenas e afro-brasileiros, filmes e músicas que apresentam esse mesmo tema. Além disso, os professores conheceram o mito do surgimento dos povos caingangues (kamé e kairu) e a história do livro “Minhas Contas”, que trata da intolerância religiosa, falando sobre a cultura do candomblé.
Os participantes da formação também fizeram uma prática de artesanato indígena, fazendo tramas como as produções que os indígenas fazem ao confeccionar cestos, considerando o grafismo típico dos caigangues.
Depois, também foi realizado um jogo linguístico com expressões pejorativas ou racistas utilizadas para se referir aos povos originários e afro-brasileiros.
Educar para a equidade racial é plantar as sementes de um futuro onde todas as identidades sejam reconhecidas e valorizadas. E o papel do educador, nesse processo, é de semeador de justiça, de transformador de consciências. É preciso coragem e sensibilidade para rever práticas, buscar novas referências e construir, junto com os alunos, uma educação que celebre a diversidade e combata todas as formas de preconceito.
No dia 1° de agosto, na EMEF Daniel Dipp, aconteceu a formação “A chave imaginária: leitura na infância”. Durante a oficina abordou-se aspectos sobre o contato da criança com o mundo literário. Refletindo a respeito do poder do gênero literário e do “era uma vez”, considerou-se a leitura uma experiência sensível, afetiva e transformadora. O livro literário, com seu potencial estético e simbólico, é a chave da porta que conduz ao mundo da imaginação, experiência fundamental na formação do leitor.
A literatura oferece mundos possíveis, permite que a criança transite entre o real e o fantástico, e, ao fazê-lo, desenvolve não apenas a linguagem, mas também a empatia, a criatividade e o senso crítico.
As obras literárias infantis carregam uma força estética que encanta. O cuidado com a linguagem, o ritmo das palavras e as imagens poéticas são convites ao prazer da leitura. A oficina disponibilizou o contato com obras cujas ilustrações são parte essencial da narrativa.
Elas dialogam com o texto, sugerem sentidos, ampliam significados e ajudam a criança a interpretar o que está lendo. Um livro bem ilustrado é uma experiência artística completa, que fala tanto aos olhos quanto ao coração. Dessa forma, conclui-se que a verdadeira literatura é aquela que mostra, não aquela que diz ou “entrega de bandeja” os sentidos da mensagem.
Outra dimensão potente no ensino da leitura é a contação de histórias. Ao ouvir uma história contada com emoção, a criança se conecta com a tradição oral, com a sonoridade das palavras e com o gesto de compartilhar saberes. Contar histórias é semear o gosto pela leitura, é criar memória afetiva em torno dos livros, é tornar a literatura um território de encontro. Na oficina, os professores criaram paródias para introduzir a hora da história na sala de aula e conheceram diversos aspectos importantes na escolha de um livro para sua prática pedagógica.
O professor/mediador de leitura apresenta o livro como objeto de afeto e beleza, sem pressa ou cobranças, mas com escuta, disponibilidade e encantamento. A leitura, quando vivida assim desde cedo, deixa de ser apenas uma habilidade escolar e passa a ser uma forma de conhecer a si mesmo e ao mundo. Além da indicação de obras que abordam a teoria do ensino de leitura, as professoras também conheceram diversas técnicas de criação e contação de história, que podem ser propostas às crianças, como o “dado da história”, “jogo de história coletiva”, “Uno de rimas” e outros. Foram momentos bem interessantes, nos quais refletimos a respeito da importância de salvar o mundo imaginário através da literatura.
Durante o dia 1º de agosto de 2025, foi realizada a oficina intitulada “Crianças Migrantes na Língua de Acolhimento: Práticas Alfabetizadoras e Inclusivas na Perspectiva do Letramento”, como parte da proposta formativa “Tecendo Processos” da Rede Municipal de Ensino de Passo Fundo. Conduzida pela Prof.ª Mariane Oliveira Bica, a atividade teve como objetivo sensibilizar e instrumentalizar os docentes para o acolhimento e a alfabetização de crianças migrantes, promovendo práticas inclusivas fundamentadas na perspectiva do letramento.
A oficina, que ocorreu em duas sessões, nos turnos da manhã e tarde, na EMEF Zeferino Demétrio Costi; contou com a participação de professores da Educação Infantil e dos Anos Iniciais, incluindo docentes do Projeto APOIAR, componentes da parte diversificada, professores da EMAU Prof.ª Olga Caetano Dias e professores de AEE da Educação Infantil.
Organizada em momentos de acolhimento, reflexão e prática, a proposta da oficina foi de promover o diálogo entre as experiências docentes e as demandas apresentadas pelo crescente número de crianças migrantes na rede municipal.
A partir de dados sobre a presença desses estudantes nas escolas, foram discutidos conceitos como: Português como Língua de Acolhimento (PLAc), alfabetização e letramento na perspectiva multilíngue e intercultural. Estratégias pedagógicas foram apresentadas, incluindo imersão contextualizada, valorização da língua materna, produção de textos coletivos, contação de histórias bilíngue, atividades lúdicas interativas e trabalho colaborativo entre crianças migrantes e nativas.
Além das práticas pedagógicas, os participantes refletiram sobre adaptação de atividades, monitoramento contínuo do desenvolvimento linguístico e avaliação das próprias práticas inclusivas, com foco na construção de soluções criativas para os desafios identificados. O encontro reforçou a importância da parceria entre escola e família, bem como do planejamento de ações intencionais para inclusão linguística e social, em consonância com a legislação nacional e municipal que assegura o direito à educação para crianças migrantes, refugiadas, apátridas e solicitantes de refúgio.
A formação encerrou com um momento de sistematização e autoavaliação, em que os professores compartilharam percepções sobre os aprendizados adquiridos e suas intenções para aprimorar as práticas em sala de aula, fortalecendo o compromisso coletivo com uma alfabetização significativa, inclusiva e culturalmente sensível na Rede Municipal de Ensino de Passo Fundo.
A oficina "Alfabetização Matemática: Abordagens e Práticas Pedagógicas", ministrada pela professora Vanessa Pansera, apresentou propostas didáticas voltadas ao desenvolvimento do pensamento matemático de forma lúdica e significativa.
Utilizando materiais como blocos lógicos, escalas de Cuisenaire, material dourado e frações, buscou-se favorecer a aprendizagem de conceitos matemáticos nos anos iniciais por meio da manipulação, investigação e construção de significados.
Também foram exploradas abordagens lúdicas para o desenvolvimento do raciocínio matemático na Educação Infantil. Dessa forma, a oficina promoveu a articulação entre as práticas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, reforçando a intencionalidade pedagógica e o respeito aos direitos de aprendizagem de todas as crianças.
As oficinas foram desenvolvidas e exemplificadas pela equipe por meio de slides explicativos e execução prática e, após, os professores participantes puderam executá-las com o passo a passo entregue pela equipe e, também, com auxílio direto.
Educação ambiental: Ensina sobre reciclagem e redução de resíduos, incentivando práticas sustentáveis em sala de aula.
Aprendizado prático: Os professores podem replicar a atividade com os alunos, mostrando o ciclo de vida das plantas e a importância da reutilização.
Interdisciplinaridade: Pode ser aplicado em Ciências, Geografia e até Artes, integrando conhecimento teórico e prático.
Conexão com a natureza: Mostra alternativas ecológicas aos materiais convencionais, reduzindo o uso de produtos químicos.
Estímulo à criatividade: As cores vibrantes e o processo de extração incentivam a experimentação e a inovação em atividades artísticas.
Cultura e tradição: Valoriza saberes populares e indígenas (como o uso do urucum), promovendo uma educação mais diversa e inclusiva.
Ciência acessível: transformar conceitos abstratos de meteorologia em algo tangível, usando materiais de baixo custo.
Conscientização ecológica: reforça a importância da reutilização de recursos e do consumo consciente.
Aprendizado ativo: os alunos podem monitorar dados reais (temperatura, umidade), desenvolvendo habilidades em Matemática, Ciências e Tecnologia.
A oficina teve como objetivo demonstrar e discutir como as emoções podem interferir no processo de alfabetização. Para isso, utilizou-se uma abordagem expositiva e participativa, por meio de metodologias ativas. Primeiramente foi falado sobre como o cognitivo está ligado ao emocional e como não é possível separar tais questões na prática.
Após isso, focou-se nas emoções frente a símbolos desconhecidos (letras). Para isso, foram utilizadas letras japonesas, com o objetivo de fazer os professores sentirem na prática como é ver letras e não saber o som ou entender seu significado (あ い う え お). Mais tarde foi introduzido uma tradução com letras do Alfabeto Romano, demonstrando como símbolos já conhecidos tranquilizam esse processo (A, I, U, E, O).
Seguindo essa mesmo ideia, pediu-se para que os professores copiassem uma palavra em japonês (ありがとう), para terem a experiência de como é copiar letras desconhecidas, o que gerou uma discussão sobre, como o aluno precisa primeiro copiar detalhe por detalhe, olhar várias vezes a mesma letra para copiar e coisas do gênero.
Foram realizadas várias discussões, e foram citados diversos exemplos reais relacionados com o assunto. Falou-se também sobre a importância no afeto no aprendizado, muitas vezes facilitando a atenção e interesse do aluno. Para começar tal discussão, pediu-se para cada um pensar em um professor que o havia marcado positivamente, e após isso, escrever, sem citar o nome, o motivo por trás disso. Tal atividade tinha o objetivo de demonstrar que na maioria dos casos as pessoas são marcadas pelo afeto, o que muitas vezes faz a pessoa se interessar mais na matéria e querer aprender de fato.
Além disso, foi dada uma situação fictícia e pediu-se para o pessoal responder quais emoções/sentimentos poderiam estar relacionadas àquela situação. Para isso foi utilizado o site Mentimeter, o qual forma em tempo real uma nuvem de palavras a partir das respostas pessoais.
Para encerrar mostrou-se novamente as letras japonesas em outra ordem e pediu-se para o pessoal traduzir. Tal atividade foi realizada com o objetivo de demonstrar que pessoas aprendem em ritmos diferentes e que muitas vezes a criança pode se sentir pressionada com essa questão. Também, foi mostrado como agir em sala de aula para valorizar as emoções dos alunos e também os benefícios de tais práticas.
A oficina, elaborada a partir do tema Abelhas sem Ferrão e Alfabetização, teve como objetivo oferecer aos professores da rede municipal de Passo Fundo subsídios teóricos e práticos para integrar conteúdos de Ciências da Natureza ao processo de alfabetização. A proposta valorizou o uso das abelhas sem ferrão como tema gerador, articulando conhecimentos científicos com práticas pedagógicas voltadas à leitura, escrita e oralidade.
Durante o encontro, foram desenvolvidas diversas atividades práticas, como observação de materiais didáticos sobre colmeias, contação de histórias temáticas, jogos de linguagem e de motricidade.
As ações buscaram promover uma aprendizagem significativa e interdisciplinar, incentivando a consciência ambiental e a valorização da biodiversidade local desde a Educação Infantil até os anos iniciais do Ensino Fundamental.
Durante a programação da formação de professores da Rede Municipal de Ensino, um momento especial reuniu os educadores que participaram da Missão Cidade Educadora 2025, realizada em Bruxelas, na Bélgica. Em um bate-papo marcado por escuta sensível, reflexões profundas e muito entusiasmo, os professores compartilharam suas vivências durante a missão, convidando seus colegas a conhecerem de perto os caminhos que os levaram até lá — e as transformações que trouxeram de volta.
Durante o encontro, relataram como foi o processo seletivo, o envolvimento com os projetos desenvolvidos nas escolas, os desafios da preparação e as expectativas para representar Passo Fundo em um evento internacional. Em suas falas, ficou evidente que a missão foi mais do que uma viagem: foi uma experiência formativa, coletiva e transformadora.
As visitas a escolas, bibliotecas, museus e instituições públicas belgas despertaram olhares atentos para temas como inclusão, sustentabilidade, acolhimento à diversidade e valorização das múltiplas culturas. A convivência com outras realidades inspirou novas possibilidades pedagógicas e provocou reflexões sobre o papel da escola como espaço de formação cidadã.
Os professores também compartilharam ideias que poderiam ser replicadas em nossa Rede, assim como experiências locais que despertaram reconhecimento e orgulho, reafirmando que Passo Fundo tem muito a aprender, mas também muito a ensinar.
A missão também deixou marcas pessoais: professores que retornaram com o olhar ampliado sobre sua prática, sobre o valor da escuta ativa, da empatia, do trabalho em rede e da educação como um direito que atravessa fronteiras.
A oficina teve como objetivo abordar de que maneira a arte pode contribuir para o processo de aprendizagem da leitura e da escrita, explorando as relações entre as fases do desenvolvimento gráfico infantil e os níveis de desenvolvimento da escrita, com base em seus sistemas de representação
A oficina busca incentivar os professores a usarem a música como ferramenta pedagógica para acelerar processos e métodos de forma calma e metódica, tornando a aula prazerosa e estimulando a criatividade e a escuta.
A oficina busca incentivar os professores a usarem a música como ferramenta pedagógica de alfabetização, pois explora os assuntos abordados de forma prática, com ludicidade, criando conexões importantes para quebrar a barreira das dificuldades em ler e calcular, usando sons e movimentos para isso.
Orientação para os diretores das escolas da rede, referente as rotinas diárias para melhor aproveitamento, qualidade, segurança e economia, nas diversas áreas; elétrica, hidráulica, fossas, cozinha, documentação regular, prazos e demais orientações gerais.
Durante a semana de formação, os diretores das EMEIs e EMEFs participaram de uma formação voltada à qualificação dos processos administrativos nas escolas.
Como parte da programação, foi apresentada uma versão em formato de filme, retratando situações cotidianas do ambiente escolar. A proposta teve como objetivo refletir sobre as práticas de convivência e contribuir para a melhoria do clima organizacional e do desempenho geral das instituições de ensino.
Agradecemos a todas as instituições e espaços que nos acolheram, proporcionando a estrutura necessária para a realização das formações e contribuindo para que cada encontro fosse um momento de aprendizado e troca na Rede Municipal de Ensino.
Começou ontem (11/08) a 2ª Feira das Profissões da EMEF Dom José Gomes, evento que promete orientar estudantes sobre futuras carreiras e oportunidades educacionais. A programação se estenderá até sexta-feira (15/08), atendendo turmas específicas a cada dia.
MUITAS NOVIDADES ESTÃO POR VIR!
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